De Antonia Muniz
Tua boca coagula quantas violências?
Tua mão segura quantas espadas?
Tua voz anuncia quantas gaiolas?
Tua gengiva sangra ao dizer a palavra amor?
Quantos escravos cabem dentro de ti?
Quantos cemitérios reinam sob teu nome?
Quantos túmulos sob teu leito?
Quantas náuseas arrancas com a tua presença?