Oficina de auto defesa para as Mina e lançamento do 2ª zine das Vacas na TF.

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Continuar reagindo nos protegendo, lutando, rindo, brincando, cantando e dançaaaaaaaaaando contra o patriarcado e essa cultura feita pelo e para o Macho é o que fazemos diariamente, mas entendendo que esse mês coloca a figura da Mulher em discussão( das várias formas possíveis), decidimos construir uma programação que abra espaços para ação e reação, trocas e pirações… Sobre o que entendemos, o que queremos e como queremos.
Para o dia 8 de março, vamos construir um espaço para falar sobre defesa pessoal e sobre segurança autônoma das MINA.
Neste dia vamos também lançar o o novo Zine das Vacas em homenagem as várias Anas Claras, mulheres que perderam a vida pela violência Machista e absurda.
Decidimos colar com as Mina que vão fazer a Marcha lá na Terra Firme:
8 de março na periferia-
O evento está aqui: https://www.facebook.com/events/730895147007959/.
Depois que acabar a marcha vamos começar o aulão de defesa pessoal na praça Olavo Bilac( do lado da feira, na TF).
As mina que já colaram nos cortejos( ou as que nunca colaram e quiserem colar) pra tocar, vamo tentar reunir os instrumentos pra fazer uma bafafa improvisado lá na hora! Que tal? Vamos todxs!?

Trecho do texto da Luana Weyl sobre a aula de defesa pessoal que vai sair na integra no blog.

“É verdade que eu gostaria de morar num lugar onde não tivesse medo de andar nas ruas. É verdade que nós podemos (e muitxs estamos) nos organizando para mudar o mundo, mas, como até agora não conseguimos
( =/) andar na rua continua sendo um momento de muita tensão. Desde criança eu ouço histórias sobre como a rua é um lugar perigoso (lembra do homem do saco?), cresci ouvindo histórias de amigxs próximxs… Algunxs foram sequestradxs, outrxs estupradxs e assaltada eu mesma já fui, diversas vezes, uma vez à mão armada. Então como (quase) todo mundo eu também tenho muito medo de andar na rua. Porém nunca deixei de andar. Inclusive ando bastante sozinha. Faço isso porque decidi que o medo não pode guiar minhas ações, decidi isso porque se fosse deixar de fazer as coisas por medo, acabaria não fazendo nada. Para nós “mulheres” dizem que não devemos andar sozinhas… Parece que querem nos obrigar a tá sempre acompanhada de um macho!
Praticar auto-defesa não é um ato de violência, não é pessimismo, não é nóia, é apenas cuidar de si. Não somos o sexo frágil. Se somos consideradas um alvo fácil, podemos usar isso a nosso favor, o “fator surpresa”, já que não espera-se que reajamos. Claro que se houver arma envolvida no embate, provavelmente eu vou dar tudo que tiver, celular, dinheiro, na boa, dou até o cú porque não quero perder a vida. Quanto a dignidade, eu acho que estuprar é algo muito escroto e vergonhoso. Ser estuprada é uma experiência horrível, mas não devia ser motivo de vergonha alguma. Vergonha é estuprar. Vergonha é a covardia. E covardia é quando alguém se aproveita de suas vantagens (seja a força física ou o fato de estar armado). Ou seja covardia é o machismo! Se defender é amor próprio, é cuidado, é ação direta, é liberdade, é feminismo.
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A concentração da marcha é as 8h na TF.

Proposta das VaCas( que pode ser modificada a partir das situações na hora)
8h- uma mistica das vacxs- Ainda a definir- mística coletiva
Marcha pela TF
Possivelmente de 11h até umas 13h( hora antes da chuva)
Lançamento do zine
aula de defesa pessoal

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